segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Consertando uma gafe




Quando chegamos aqui cometi uma gafe e só agora me dei conta para consertar. A Silk, minha amiga Barbie, trouxe umas roupas do filho dela para que eu escolhesse o que precisava para a Nina. Havia uns símbolos (um sinal de negativo com um numero do lado) para mim aquilo era código apenas, talvez parte da organização dela. E fiquei com as roupas que serviram bem na Nina embora fossem masculinas. Mas para o primeiro inverno tava ótimo. Amei, pois foi uma ajuda e tanto. Só de não precisar sair pelas lojas e tentar entender a numeração alemã que além de ser totalmente diferente da brasileira ainda é complicadíssima mesmo. Números 98, 104 e assim vai. Ai que saudade dos simples P, M e G ou simplesmente a idade da criança. 1, 2, 3 anos… Tenho que aprender essa numeração urgente. Mas aprendo logo.


E aí vai eu aprender mais uma cultura na Alemanha. Aqui as mulheres passam uma para as outras as roupas dos seus filhos que normalmente estão em boa s condições já que só são usadas em u ma estação. A cultura diz que cobrem um valor pequeno por cada peca. Costuma-se doar apenas para as mães cujos maridos estão desempregados ou com algum problema financeiro. Caso contrario todos pagam e todos cobram. Pois bem, a brasileira aqui entendeu que a Silk estava me dando. Sim, elas também dão presentes uma para as outras, mas normalmente quando isso acontece há de se escutar a palavra “geschenk” como ouvi varias vezes da Maria que presenteou muito o Rennan com a s roupas do Rubem. No caso da Silk ela esperava receber uma quantia embora pequena pelas roupas. O meu marido é engenheiro e realmente não havia necessidade de eu não pagar. Aprendi também que ser engenheiro, advogado, médico, enfim ter faculdade aqui é sinônimo de boa situação financeira.Quanta diferença do Brasil….

Mas a Silk também me presenteou muito com algumas peças e me emprestou roupas de inverno dela também. Mas aquela especificamente ela esperava ganhar e não ganhou. Eu as recebi e só agradeci. Só muitos meses depois entendo. Ai que gafe!!!!!!!!!!!!!!!

Lá se vai eu chamar a Silk aqui em casa, me desculpar e pagá-la. Claro que ela nem sabia o quanto cobrar mais após tanto tempo e nem comentara o assunto. Ela já havia considerado como presente e percebeu que eu não entendi, mas deixou quieto.

Eu tirei toda a roupa da Nina do guarda roupa que pertencera ao Loui e as coloquei no sofá. Silk deu risada e passou a pensar na quantia a cobrar. Vi que cobrou algo simbólico então eu fiz questão de pagar mais e dizer: Foi pelo tempo e erro que cometi. E assim paguei e consertei a gafe e continuei a comprar roupas da Silk que pertenceram ao Loui. Agora eu entendo que aquele sinal de negativo significa dinheiro e o numero era o valor.

toioiommm. Dá-lhe Rejane, gafando na Alemanha.