quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Minha filha entra na creche




Só agora minha filha entra na creche e graças a uma nova lei alemã que dá direito a algumas crianças com 2 anos e meio a entrar na creche, pois o normal é com 3 anos. Cada sala tem apenas algumas vagas, me parece 2 ou 3, para crianças com 2 anos e meio e tivemos que esperar essa vaga no Kindergarten .

E que bom que foi no mesmo grupo do irmao dela, alem da presença do irmaozinho é bom ter a Frau Kramer como a cuidadora da minha filha, assim sou eu a me comunicar com ela em inglês e não o marido.


Assim como na época do meu filho tivemos a semana de adaptação, a qual também foi fácil e não precisei também ficar toda a semana. minha baby estava feliz de estar lá. O irmão estava lá então ela se sentia segura. meu filho passou a me contar tudo que acontecia lá e sempre olhava a irmã. Ela chorou algumas vezes quando eu saia, mas isso depois da semana de adaptação. Para tanto, Frau Kramer sempre aconselhava: Diga “tchuss” e saia, ela para de chorar quando vocês saem. E assim essa e outras orientacoes da Frau Kramer sempre foram recebidas por nós com obediência . Confiamos nela, afinal, ela é social pedagoga. Como ela diz: todas as mulheres que trabalham na creche estudaram e se formaram para ter aquela função. Mas que tem muita coisa que me assusta,ahh isso tem. Por exemplo: A minha filha está tendo a mesma dificuldade que meu filho teve de se adaptar ao jeito duro de elas falarem. Ela diz que a minha filha é temperamental mas que vai entrar nos eixos lá com ela. Que eu sou muito boazinha, mole com ela.

Aiiiiiiiiiii, dói. Minha bebezinha, tão pequenininha, minha piquerrucha..






A minha filha com apenas 2 anos e meio não recebe ajuda para ir ao banheiro e sim orientação. Com 2 anos e meio deve já fazer isso sozinha. Outra coisa que me assusta é o fato de ninguém parecer tocá-la muito. As vezes ela sai de casa com uma etiqueta virada e essa etiqueta volta igual, cadarço do sapato desfeito, ou as vezes chega em casa com pipi na calca, pois ninguém notou que ela fez. Afinal, ela não deveria fazer nas calças, só pode ir para a creche crianças já independentes nesse quesito e que não usam mais fralda. minha filha não usa mais fraldas diurnas, mas ás vezes acontece por estar brincando e esquecer de ir ao banheiro. Mas não adianta: mando roupinha, mas raras são as vezes que Nina é trocada. No Brasil as mulheres arrumam o cabelo das crianças, vestem novas roupas quando sujam, limpam, cuidam. Na creche aqui, tenho que aceitar: É lugar da criança interagir, aprender, brincar. Esses cuidados pertencem ao espaço de casa, dos pais. Claro que algo especial como se ferir ou algo assim elas cuidam bem, dão toda a assistência, mas no normal a criança chega e sai como veio. Com o tempo aceitei isso. A minha filha tá bem lá. Continua tendo alguns conflitos com a Frau Kramer e as vezes chega em casa, chora e reclama e diz que Frau Kramer brigou e a colocou de castigo. Minha posição como mãe de coração mole e brasileira é confiar na Frau Kramer e na educação Alemã. Quem sabe ela não disciplina a temperamental brasileirinha?? Imagina a minha danadinha bem quietinha nos lugares que nem as crianças alemãs???Vamos ver no que vai dar isso. Eu vou amar que ela absorva a disciplina Alemã, algo que admiro muito nesse País. Para mim, vê-la sendo educada por uma mulher como a Frau Kramer é um privilegio, uma oportunidade que estamos tendo na vida. Claro que sinto falta do jeitinho carinhoso  da creche  lá de Fortaleza que embalou tão afetuosamente os primeiros anos de vida do meu filho, além de nas creches do Brasil as funcionárias terem um compromisso com os pais e aqui elas tem um compromisso com o governo então não estão nem ai para nos agradar. Canso de chegar e sair da creche aqui e elas nem aí para mim. Acho esquisitíssimo e tenho saudade da atenção que eu recebia da creche do Brasil.
Mas acho que não é só a minha mae que vai entrar nos eixos não. A Mamãe aqui também.

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