quarta-feira, 4 de abril de 2007

OS 3 PRIMEIROS MESES

Adaptação pelas mãos de uma típica família Alemã.

 
Foi muito bom que nossos 3 primeiros meses tenham sido na propriedade dos Wolfs porque nós fomos engajados aos poucos na cultura, aprendendo do dia a dia. Apesar de serem bem resguardados em comparação a nossa cultura, aprendemos com eles; eu observava muito pela janela do apto além das aulas que constantemente apareciam em cada oportunidade como na hora de jogar nosso lixo fora, a limpeza do apto, a lavagem de roupa que era feita na lavanderia dos Wolfs com a ajuda da Karolla e da Maria e assim por diante. A primeira lavagem elas fizeram amorosamente para mim e entregaram na porta do apto em uma cesta. Ali vi a forma funcional que aquelas mulheres lavavam, secavam, dobravam e transportavam suas roupas.Eu observei que elas usam muito cestos de fibra natural ao invés de plásticos e que as dobras das roupas eram perfeitas. Lavanderia tem suas normas sérias também na Alemanha!! As máquinas são poderosíssimas e lavam quase tudo. A opção de roupa sensível realmente vale para tudo que é sensível e a opção lavagem de mão realmente e para roupas lavadas normalmente a mão, mas que a máquina lava por você. No Brasil não aprendi a separar as cores e os graus (temperatura de lavagem) da forma que eu aprendi aqui e nem mesmo nos Estados Unidos. Aqui a separação é mais complexa, mais variada. Eu escutava atentamente as orientações da Maria e da Karola, mas o que aprendi ali mesmo foi o respeito, a consideração e as formas de boa convivência entre Nora e sogra. Apesar da propriedade ser enorme elas dividem a mesma lavanderia e tudo extremamente organizado. Tudo funciona e se dão bem mesmo. Uau!!!! pensei no texto bíblico: “qual lindo é irmãos viverem em uniao”.

Os Wolfs foram maravilhosos. Amorosos, pacientes com a diferença da nossa cultura e sempre prontos para ensinar e falar sobre a forma de viver do alemão.

Com o Thomas, em inglês, esclarecíamos as duvidas e falávamos das diferenças entre o que víamos aqui e do que é la no Brasil.

Eu sentia o espírito santo de Deus naquela propriedade. Era muito encorajante ver o Alfred estudando a bíblia no escritório dele bem ao lado do nosso apto. Era rotineiro. Todas as tardes no mesmo horário ele sentava e estudava a bíblia. Alias, tudo era muito rotineiro no dia a dia do Alfred. Ordeiro !!!! Ele tinha a hora de cuidar do jardim, a hora de passear com os cachorros, a hora de limpar coisas, carro etc, a hora de estudar a bíblia e a hora de estar lá em cima no apto dele.

Era maravilhoso também ver os membros da família saindo para a pregação das boas novas. Pessoas tão bem financeiramente, mas com tempo e humildade para sair e pregar sobre a bíblia de casa em casa. Uau!!!Isso é comum no Brasil também, mas o que chamava minha atenção era a diferença cultural, uma outra forma de fazer as coisas que logo percebi serem bem peculiares ao jeito alemão de viver. Tudo me causava admiração, e eu observava da janela enquanto pensava: que privilégio poder conviver com essa família!!!!! O Alfred serve como ancião presidente da congregação e o Thomas é um dos anciãos e dirigente do estudo da sentinela na congregação. Eles cuidaram dos nossos assuntos congregacionais e chegada do Brasil com muito amor. Muito amor mesmo!!!!!!! Agradecíamos ao nosso Deus pela surpresa de ver que alemães podem ser tão amorosos, flexíveis, compreensivos e respeitosos com as diferenças culturais de um Pais tão diferente dos deles. E esse amor e carinho que eles devotaram a nós foram muito importante na nossa adaptação a esse País tão diferente que é a Alemanha. Sem duvida somos estrangeiros privilegiados em ter uma família assim cuidando e nos guiando em nossa adaptação na Alemanha. Isso é o amor agape. Isso sim é um privilégio ímpar.

Dei um buque de agradecimento para a família Wolf por todo o apoio.
  

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